sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cinema expandido


O Video Guerrilha é um exemplo de Cinema Expandido

Antes de mais nada é muito importante deixar clara a diferença entre cinema interativo e cinema expandido. Quando se fala de cinema interativo, estamos falando de interação, logo a interação esta entre o publico e o vídeo, já o cinema expandido é de uma forma resumida a retirada dos vídeos de dentro das salas de cinema ou auditórios levando-os para lugares inusitados, ou seja é a mobilidade física que o cinema adquire. É muito interessante como foi difícil o processo de coleta de dados sobre cinema expandido, para algo que esta tão presente na vida das pessoas e cada vez mais comum, principalmente em exposições. Tudo isso é possível devido às tecnologias que surgem. A qualidade e possibilidade da utilização de diferentes recursos, como por exemplo, a projeção mapeada, torna o cinema expandido uma alternativa cada vez mais diferente, inusitada e personalizada. Podemos dizer então que se falando de uma questão de linguagem, a ideia do cinema expandido vai alem de seus limites pré-estabelecidos para se expressar, através da experimentação, da incorporação de novas referencias e materialidades, de adotar os mais diversos procedimentos ao seu favor, emfim, da possibilidade da utilização de diferentes e inusitados meios para viabilizar uma ideia.

Outro ponto interessante do cinema expandido é uma maior interação com o publico.Existem varias formas de interagir com o publico, pode se ter essa interação em campanhas publicitárias por exemplo. Assim como o kinect funciona nos jogos copiando os movimentos do jogador a animação pode utilizar esse recurso para “transportar” o expectador para dentro da animação. Já as porjeções mapiadas são exemplos claros de como o vídeo pode interagir, de maneira direta em uma superfície complexa, de acordo com o ambiente.

A internet e as mídias digitais possibilitam uma maior divulgações de trabalhos autônimos, diversificando e aumentando esse novo setor, potencializando o surgimento de bons artistas.

O principal diferencial do cinema expandido é que ele é algo efêmero, pois ele não vai ser um vídeo exposto em cartaz como os filmes de Hollywood.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

HQ direto do estúdio de Fábio Moon e Gabriel Bá

Os quadrinistas Fábio Moon e Gabriel Bá são apreciadores do silêncio. Trabalham hoje na tranquila casa onde cresceram, e foi lá que receberam a equipe do SaraivaConteúdo para um bate-papo despretensioso sobre trabalho, prazo, cobrança, reconhecimento e particularidades dos quadrinhos.

Eles recentemente lançaram a HQ 'Daytripper', que encabeçou a lista dos mais vendidos do jornal norte-americano The New York Times. Com este trabalho, eles ganharam o cobiçado prêmio Eisner, o Oscar dos quadrinhos.

Arte grátis e para todos!

 Distribuídas pelas ruas de Los Angeles, as telas com qualidade de museu pediam para ser levadas para casa e penduradas na parede…

Foto: divulgação
Os artistas da Jondo acreditam que “um mundo artístico é um mundo melhor”, por isso resolveram democratizar a arte nas ruas de Los Angeles. Em dezembro do ano passado, imprimiram e emolduraram 26 obras autorais e fizeram da cidade uma galeria de arte. Qualquer um que encontrasse uma dessas telas podia pegar e, literalmente, levar para casa. Simples assim!
O projeto batizado de Art Heist (numa tradução livre: roubo de arte), teve meses de planejamento e até atrasos, mas o resultado foi incrível. E é muito divertido assistir no vídeo as carinhas das pessoas achando que estão “fazendo arte”.

Fonte: http://www.shoulder.com.br/blog/index.php/2012/01/30/art-heist-em-los-angeles-arte-gratis-e-para-todos-2/

Desenho animado / Lápis sobre papel

Projetos

Exposição Keith Haring



Essa semana começou muito bem com a exposição Keith Haring – Selected Works na Caixa Cultural. É a maior mostra do artista no Brasil, com 94 obras inéditas! Nós adoramos o trabalho dele e estamos muito empolgadas com a exposição que já foi sucesso em São Paulo e tem desde serigrafias, litogravuras, xilogravuras, até objetos pessoais do artista como passaportes, skates, fotos e vídeos. A expo fica em cartaz no Rio de 28 de setembro a 14 de novembro.


Americano, nascido na Pensilvânia em 1958, estudou design gráfico numa escola de arte em Pittsburgh. E grande artista como ele, não poderia ficar longe de uma mega cidade cosmopolita como NY! E foi lá que ele terminou o curso na School of Visual Arts (SVA), onde foi influenciado pelo graffiti. Foi na SVA que Haring ficou amigo de Basquiat.
Keith Haring começou a ficar famoso por seus desenhos feitos de giz nas paredes do metrô da Big Apple. E foi fazendo exposições nos lugares mais alternativos e descolados da cidade, que ele acabou conhecendo Madonna, Grace Jones, entre outros amigos famosos.
Aos poucos, Keith começou a ver sua arte expandir e seus desenhos eram vistos em exposições pelo mundo, nos metrôs, no Muro de Berlim (antes da queda), em amostras e bienais, … Mas o que mais marcou sua carreira, foram os murais em prol de causas sociais, como desenhos contra o apartheid.
Em 1989, um ano após descobrir que tinha AIDS, Keith criou a Keith Haring Foundation, com o objetivo de apoiar campanhas de prevenção do HIV e programas infantis.





É inegável que, mesmo após a sua morte, Keith Haring ainda inspira muita gente por aí. O mundo da moda está repleto de referências e homenagens claras ao artista que foi pioneiro na fusão de arte moderna com o graffiti. Lembram desse post da loja da Patricia Field em NY? Ela lançou uma coleção em homenagem ao artista. Samantha até usou um lenço dessa coleção (como blusa) no SATC2! A Tommy também lançou tênis e galochas fofas com estampas dos bonequinhos divertidos ícones na Colette. E pelo visto, não é só nas lojas que ele está. Rihanna parece gostar tanto do artista, que além de usar jaqueta Haringstica, colocou muitas referências do trabalho dele no clipe “Rude Boy”. Katy Perry o homenageou até nas unhas! Ok, diferente. Mas não vale virar sabão em pó, ok?!




Exposição Keith Haring – Selected works
São Paulo
Quando: entre 31 de julho e 5 de setembro
Onde: Caixa Cultural – Av. Paulista, 2083
Quanto: entrada franca
Informações: (11) 3321-4400
Rio de Janeiro
Quando: entre 28 de setembro e 14 de novembro
Onde: Caixa Cultural – Av. Almirante Barroso, 25
Quanto: entrada franca
Informações: (21) 2544-4080

Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/07/exposicao-em-sp-traz-trabalhos-de-keith-haring-ineditos-no-brasil.html

terça-feira, 24 de abril de 2012

Santo grafite

Altar com pintura em grafite surpreende fiéis na Igreja do Padre EustáquioPintura inédita de spray com efeitos tridimensionais encanta fiéis. Ex-pichador, artista se mira em Portinari.


Padre Nelson Severino acredita que o grafiteiro conseguiu fazer uma obra de arte (Marcos Vieira/EM/DA Press)
Padre Nelson Severino acredita que o grafiteiro conseguiu fazer uma obra de arte

















Fiéis da Paróquia dos Sagrados Corações, mais conhecida como Igreja do Padre Eustáquio, tiveram uma surpresa na celebração da Páscoa, no sábado de aleluia. No momento em que se abriram as cortinas do altar, em meio à fumaça e aos refletores, surgiu a imagem de Jesus Cristo ressuscitado dentro de um céu azul celeste, realçado por efeito tridimensional criado pelo jogo de luzes e tintas. Segundo paroquianos, muitos não conseguiram segurar a emoção e chegaram às lágrimas diante da beleza da nova pintura do altar-mor.

Nem todos, porém, perceberam que se tratava de pintura em grafite ou arte de rua, de grandes proporções (10m de largura por 12m de altura), maior do que a maioria das figuras estampadas em muros e viadutos da capital. “Não há em BH nenhuma igreja com um Jesus tão glorioso no alto do céu. É um verdadeiro paraíso. Eu poderia ficar o dia inteiro contemplando esta pintura”, afirma o comerciário aposentado Omar Pereira Rosa, de 64 anos, frequentador diário das missas na Igreja do Padre Eustáquio, nascido e criado no bairro.

Ao ser informado que a pintura era de autoria de um grafiteiro, Omar simplesmente se recusa a acreditar: “Não é grafiteiro não. É preciso ser uma pessoa especializada para fazer esse tipo de trabalho. Grafite é uma coisa rústica, popular. O padre jamais deixaria fazer um grafite em um altar sagrado.”

O grafiteiro Rafael Martins da Costa, de 28, gastou 45 tubos de spray e sete dias para fazer o trabalho. “Fiz este altar não só para a igreja, mas também para honrar Deus por Ele ter aberto para mim as portas da sua casa. Só assim a sociedade vai passar a me ver não com o olhar marginal, mas com o olhar artístico. Antes disso, eu era só um grafiteiro e agora posso me intitular artista”, afirmou o designer gráfico.

Tradição

A iniciativa, inédita, de contratação de um grafiteiro para pintar o altar de uma das igrejas mais importantes de Belo Horizonte, partiu do próprio padre Nelson Severino de Souza, de 50, há um ano à frente da paróquia, desde que chegou de Tóquio, no Japão, onde esteve em missão por três anos. “No Japão, as poucas igrejas católicas são extremamente tradicionais, porque a grande maioria da população é adepta do budismo e taoísmo. Os católicos não ultrapassam 1,2%”, explica o padre.

Mais difícil do que executar o trabalho foi derrubar preconceitos que existiam tanto do padre quanto do grafiteiro. De início, a pintura seria feita por uma paroquiana, mas, segundo o padre, ela se mostrou insegura em cobrir toda a superfície com pintura a óleo. Na loja Nacional Tintas, patrocinadora do grafiteiro, padre Nelson recebeu a indicação de um jovem talentoso capaz de fazer o trabalho sem titubear. Inseguro, o padre caprichou nas instruções: “Disse a ele que queria a nuvem em forma de nuvem e o céu com jeito de céu. Penso que ele conseguiu dar exatamente o sentido que a gente queria do Cristo que se aproxima do povo. Não sei se existe a expressão grafite artístico, mas penso que Rafael conseguiu fazer uma obra de arte”, elogia. Até os últimos minutos, padre Nelson pensou que seria feita uma pintura tradicional. “Só me dei conta de que se tratava de um grafite quando ele me pediu para comprar os sprays. Graças a Deus, deu certo.”

Rafael Costa custou a acreditar que estava recebendo o convite de uma igreja católica. “Nem eu nem nenhum grafiteiro espera algum dia no mundo receber um convite desses. O grafiteiro é um povo marginalizado. Ter a aceitação de um intelectual como o padre Nelson, que em princípio não estava aberto à arte contemporânea e popular, é uma vitória”, afirma. Rafael sentiu-se tão tocado pela experiência que decidiu abandonar a assinatura de Nev, alcunha que usava nas ruas como a abreviatura de never (nunca, em inglês). Assumiu o nome de batismo, por inteiro. Nem se lembrou que Rafael foi um dos três maiores nomes do Renascimento, ao lado de Michelângelo e Leonardo da Vinci. “É bem verdade que os maiores artistas do mundo tiveram seus trabalhos relacionados à Igreja”, recordou o jovem, sem modéstia. Rafael Costa faz o gênero free style, que no grafite significa livre, sem amarras. 

Rafael Martins da Costa gastou 45 tubos de spray e sete dias para fazer o trabalho  (Marcos Vieira/EM/DA Press)
Rafael Martins da Costa gastou 45 tubos de spray e sete dias para fazer o trabalho

















Caligrafia das ruas

O Dicionário Houaiss define grafite como rabisco ou desenho com marcas do autor feito com aerosol de tinta nas paredes, muros e monumentos de uma cidade. Na enciclopédia aberta Wikipédia, da internet, grafite (que vem do italiano grafito) é nome dado à caligrafada ou desenho pintado ou gravado sobre suporte não previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como assunto irrelevante ou mera contravenção, o grafite já é considerado forma de expressão das artes visuais, mais especificamente da street art ou arte urbana, em que o artista aproveita os espaços públicos, criando linguagem para interferir na cidade. Mas há quem não concorde, comparando grafite com a pichação. 

Passado de constrangimento

Mais impressionado com o convite da igreja, Rafael recebeu como um sinal divino a missão de retocar com spray o lema de Padre Eustáquio: “Saúde e paz”. “Tem a ver com o momento que estou atravessando na vida. Passei quatro dias pensando na pintura e testando as cores no computador. Depois, executei o trabalho em um dia e meio. Assim que terminei, recebi a ligação do meu médico me dando alta. Foi como se recebesse um sinal da existência de Deus, independentemente de credo”, revelou, emocionado, Rafael, criado conforme a religião da avó, evangélica. Por enquanto, não frequenta missas nem cultos.

Em outubro, o grafiteiro sofreu um acidente de moto na BR-151, na Bahia, onde morava com a mulher, a vendedora Katiane. Segundo ele, ao ser ultrapassado por um caminhão, o deslocamento de ar jogou a moto longe e arremessou Rafael no asfalto. Ele ficou um mês em coma e três internado. Perdeu parte do crânio, mas saiu do acidente, por milagre, sem sequelas no cérebro e no corpo. Permanece, porém, com um afundamento no lado esquerdo da cabeça, onde parte do osso foi retirada.

Proteção

Ele aguarda na fila do SUS por uma cranioplastia para recompor as feições originais. “Já me acostumei com todo mundo me olhando, mas fico muito desprotegido, como se tivesse a moleira de um bebê. Já me sinto agradecido, porque nasci de novo”, afirma Rafael, que voltou a morar provisoriamente com os pais em BH, até se recuperar totalmente. “O trabalho para a igreja me salvou, porque me avisou que estava bem e me ajudou financeiramente. Estava precisando das duas coisas”, completa.

Além de participar da Cow Parade, em 2006, devido à sua habilidade com aerografia, entre outros trabalhos, ele fez uma releitura da obra Menino morto, do pintor brasileiro Cândido Portinari. “O muro da casa estava marginalizado com pichação e desenhei por cima uma mãe carregando o filho no colo, no sertão. Quero divulgar Portinari, pois as pessoas da minha geração só sabem que foi ele quem pintou a igrejinha da Pampulha”, afirma Rafael, que se diz constrangido com o próprio passado como pichador, que evoluiu para o grafite, como chance de obter reconhecimento e recursos financeiros. O trabalho inspirado em Portinari ainda está visível no cruzamento das ruas João Correia e Eduardo Lopes, no Bairro Santo André.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/04/16/interna_gerais,288986/altar-com-pintura-em-grafite-surpreende-fieis-na-igreja-do-padre-eustaquio.shtml
O coletivo NAVE tem como objetivo principal o estudo da imagem em movimento e suas mídias no mundo contemporâneo. Nossas pesquisas abordam diferentes linguagens (da imagem estática à imagem em movimento) que contemplam a Animação, a História em Quadrinho, a Ilustração,a Fotografia e as novas tecnologias referentes à imagem. Composto por alunos e professores da Universidade FUMEC e da Escola de Design/Universidade Estadual de Minas Gerais e , o NAVE o aceita pessoas externas às Universidades.