Prisão de pichadores

Já existe em Belo Horizonte uma delegacia para combater pichadores. Por isso, dia 24 de agosto, forma presos cinco pichadores do grupo conhecido como Piores de Belô.

Por um lado , a prefeitura apresenta dados de prejuízo de 2 milhões por ano para reparos de equipamentos públicos depredados, o que inclui pixações; por outro, pichadores, autores de uma das práticas estéticas mais questionadas do espaço urbano, defendem seu direito de expressão e recriminam essa pena dura para aqueles que, como dizem, apenas "jogam tintas nas paredes".

Com urgência precisamos de táticas diferentes e discussões públicas sobre o assunto, sobre interferência urbana , sobre liberdade de expressão. Além disso, repensar a prisão desses e de outros jovens que serão presos armados com um rolinho de tinta

Grafite romântico

Estes poemas visuais grafitados ao longo de uma linha de trem na Philadelphia são o resultado do projeto "A Love Letter for You", do artista plástico Steve Powers em parceria com mais 40 artistas.

São belos grafites em muros, telhados e calçadas com mensagens positiva como numa carta de amor.

“São mensagens de amor que estão presentes em qualquer vizinhança, que dizem respeito a todos nós”, diz Powers, que trabalha agora para transformar a ação em um documentário e dois livros.

Mais sobre o projeto em http://www.aloveletterforyou.com/

O poder do nada

Nem sempre um bom título é importante em uma comunicação. Nem sempre um layout maravilhoso é o segredo da persuasão. Aliás, tem vezes que até mesmo o ‘nada’ é a coisa mais importante, como foi registrado aqui nessa foto, em uma “manifestação” de uma escola de arte da Estônia.

É interessante notar que às vezes a ausência da estética, da informação e da persuasão nos dá uma sensação refrescante de paz. Como seria bom ver a cidade livres de alguns outdoors que escondiam árvores, escondiam faixos de luz, e até mesmo belas vistas do horizonte que estava por trás das entrelinhas.

Outra experiência interessante da “celebração ao nada” foi esta realizada algum tempo atrás em Vienna, onde um grupo de artisitas resolveu “apagar” toda a comunicação visual de uma agitada rua comercial da cidade, cobrindo tudo com faixas amarelas. Uma instigante espécie de censura a qualquer placa, qualquer texto, qualquer elemento que tentasse nos persuadir.

Ctrl+c Ctrl+v

Olha que intervenção interessante: Christian Hasucha fez um intercâmbio do cenário urbano. Assim como fazemos copy and paste no computador, Christian fez na vida real. Copiou um pedaço de um bairro, e colou em outro.

Arte Subterranea

Mais um caso de arte nos cantos obscuros da cidade são os grafites de Zezão. Ele era motorista e motoboy, e com isso conheceu todos os cantos inimagináveis da cidade. Em 95, Zezão decidiu fazer intervenções nos lugares mais inóspitos de São Paulo: subterrâneos, obras abandonadas, viadutos, galerias de esgoto.

Por onde passa Zezão deixa sua marca e cada “flop” que ele deixa é um grito de denúncia do abandono do ser humano pelos seus semelhantes e pela cidade. A arte de Zezão nos faz pensar sobre a ocupação desordenada e desumana da cidade.

Grafite no inesperado

Os artistas Anderson Augusto (conhecido como SÃO) e Leonardo Delafuente (conhecido como Delafuente) são responsáveis por esse trabalho inusitado e criativo , que consiste em pintar bueiros, postes, tampas de esgoto e qualquer outro objeto que construa o cenário urbano. Mais um exemplo de arte ao alcance de todos, por meio de objetos inesperados e esquecidos.

Grafite Animado

Tem muita coisa sendo produzida de excelente qualidade. O grafite animado (fusão entre tecnologias virtuais e o espaço urbano) é um exemplo disso. O artista argentino Blu, cria e recria personagens à medida que faz um passeio por diferentes suportes urbanos. Seu trabalho mais conhecido é MUTO que ele denominta”animações ambíguas pintadas em parede públicas” Um curta-metragem construído frame a frame, grafite a grafite.


Veja o video: